quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Rosa dos campos

     Tudo o que já senti por você, bela rosa...

Por que se deixou escapar?
Lembro-me das primaveras em que seu doce aroma exalava sobre os ventos em que rondei, ah, e como rondei.
Eu, um pequeno inseto, a procura da mais bela rosa, que oferecesse a mim o açucarado néctar usado para se fabricar o mel, que é tão desejado.
Porque, por quê? Não entendo porque, você que era tão bela, talvez a mais bela flor dos imensos jardins primaverais pelos quais eu mesmo já sobrevoei. Porque me deixaste? Eu que só quis teu bem, eu que só quis sugar um pouco de seu pólen...
Tens raiva de mim, Rosa dos campos? Sou um humilde inseto, porém sou um zangão trabalhador, sempre colaborei com minha comunidade, compartilhando e doando parte de meus ganhos. Sempre que olhava teu brilho, teu encantamento, tua magia ganhava mais disposição. Só teu cheiro me proporcionava um dia feliz.
Porém, a primavera passou e tenho que me conformar, por isso, não posso aceitar sofrer novamente.
Não, não aguento mais sofrer. Já é outono e o que passou, passou... Só sei que uma coisa é certa, sua imagem ofuscante e linda, sempre ficará em minha memória para todo o sempre.

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